terça-feira, 10 de setembro de 2013

O “Malvado”

Devido ao seu alto poder de morte, o tálio foi apelidado de “veneno dos venenos”. Seu isótopo radioativo é utilizado em tratamentos médicos nucleares. Atualmente, além da jazida encontrada em Barreiras, apenas a China e o Cazaquistão produzem o minério no mundo.                  




Pois é, o tálio não é brincadeira! Deve-se, portanto, tomar cuidado com seu manuseamento, já que seus compostos são altamente tóxicos. A toxicidade levou para o uso (agora interrompido em alguns países) como veneno de rato. Os efeitos do envenenamento por esse metal pesado são: a perda dos cabelos e danos nos nervos periféricos. O contato com a pele é perigoso e a ventilação adequada deve ser fornecida ao derreter este metal. Há suspeitas de que o tálio é causador de câncer para os humanos.  
            
Fala-se que pode haver contaminação da água, do lençol freático existente que abastece a nossa região. De forma alguma isso pode acontecer. Do jeito que ele existe hoje, não há risco de contaminação por tálio; a forma que ele será extraído sem causar danos ambientais ou às pessoas é que é o grande questionamento.

Dentro do nosso corpo, os íons de tálio “se fazem passar” por potássio – elemento essencial para o organismo. Eles se instalam nas células, cujo funcionamento é prejudicado. Isso ocorre principalmente no sistema nervoso: o resultado é insônia, depressão profunda e desejo de morrer. O tálio também ataca os testículos e o coração, e causa paralisia muscular.                            

Curiosidade: (retirada do site Superinteressante)


O livro da salvação: Como o envenenamento por tálio é muito raro e seus sintomas se confundem com os de outras doenças, é comum que os médicos façam "n" exames e não consigam identificá-lo. Foi isso o que ocorreu com uma menina de 19 meses atendida, em 1977, no hospital Hammersmith de Londres. Por sorte, havia na equipe uma enfermeira que lera o romance O Cavalo Amarelo, de Agatha Christie. O livro menciona que o tálio causa queda de cabelos e a enfermeira, ao notar esse sintoma na criança – que já havia tentado todos os recursos médicos disponíveis no seu Catar natal – chamou a atenção dos médicos. Não deu outra: a menina vinha atacando a ração de tálio que a família usava para acabar com ratos e baratas da casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário