sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Itaoeste, uma comparação com a Plumbum



Será mesmo que conseguirão fazer a extração do Tálio corretamente em Barreiras? Em Santo Amaro da Purificação, região metropolitana de Salvador, em 1960 a 1993 ficou instalada uma mineradora de chumbo. Em 1989, a Cobrac foi vendida e incorporada à empresa Plumbum Mineração e Metalurgia Ltda., pertencente ao Grupo Trevo, assim como foi dito em uma postagem anterior.
         Na época as promessas eram de apenas benefícios para a cidade, e inicialmente foram vistos esses tais benefícios. Atualmente, observa o abandono do município.
         A população ainda enfrenta os problemas deixados pela mineradora. Como os sintomas da intoxicação por chumbo e o descaso das autoridades. Foram em torno de 33 anos de descarte indevido do lixo tóxico pela Cobrac, que ficou instalada na cidade por mais de 50 anos.

E até pouco tempo, a empresa Plumbum ainda não tinha retirado a escória de chumbo presente em sua propriedade escapando por meio de artifícios e burocráticos de suas responsabilidades em relação à população contaminada.

As atividades estão paralisadas desde 1993, porém é arriscado que possa voltar a funcionar a qualquer momento. E a população convive com o medo de poder presenciar o momento que a empresa retomará as suas operações. "É como se a empresa estivesse esperando a poeira baixar para depois retomar suas atividades de maneira irresponsável", conta Itanor Carneiro Júnior, advogado que atua junto à procuradoria da cidade baiana.



Terra de artistas apresenta a maior concentração de chumbo por habitante do planeta por causa de atividade desenvolvida há 40 anos por multinacional no rio Subaé. 

Caso parecido ocorreu em Adrianópolis, região metropolitana de Curitiba, onde houve extração de chumbo sobre a administração da mesma empresa. Nesse caso, também além de deixar o lixo tóxico, dividiu a cidade ao meio.
Os moradores têm opiniões divergentes sobre o que a mineradora fez pela cidade. Afinal, no início tiveram tempos maravilhosos, benefícios nunca tidos antes. Mas, há outro lado, onde questionam sobre a contaminação, foram muitos casos de doenças.
Aparecida Batista dos Santos, 63 anos, cujo marido foi motorista da Plumbum lamenta a poluição ambiental. Depois de quase 20 anos sem voltar ao morro onde se fazia mineração, ela ficou chocada. “Não dá nem para acreditar que aqui já existiu uma cidade. Havia praça, mercado, lojinhas”, diz. O que não pôde ser levado foi abandonado. Ela diz que havia prosperidade naquela época.

Uma questão já levantada por médicos e pesquisadores é que, como a exposição ao chumbo continuou na região, de nada adiantaram os tratamentos feitos no passado. Ou seja, todas as pessoas que receberam algum tipo de medicamento para combater os malefícios causados pelo metal ainda estão em risco. É como se não tivessem feito nada.


 



Vale lembrar que o Chumbo também é considerado um dos elementos mais perigosos da tabela periódica. Inclusive, assim como o Tálio, é citado no livro The Elements of Murder -  A History of Poison (“Os Elementos do Assassinato – Uma Historia do Veneno), escrito pelo químico inglês John Emsley. Então, o que ocorreu nestas cidades, pode não ser muito diferente do que poderá vim a ocorre em Barreiras.


Texto por: Leandro Mattos, Michelle Ferreira, Mayara Almeida e Matheus Granich - 2ºA


Fontes:









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